Pesquisadores chineses alcançaram um marco impressionante: produziram, em escala industrial, um metal ultrapuro capaz de resistir ao calor do Sol. O material é essencial para a fusão nuclear — o mesmo processo que dá energia às estrelas — e pode abrir caminho para uma fonte limpa, segura e praticamente infinita de eletricidade.
Localizado na cidade de Hefei, o reator EAST busca reproduzir as condições do núcleo solar, onde os núcleos de hidrogênio se fundem sob temperaturas que ultrapassam 100 milhões de graus Celsius. Quando estabilizado, esse processo libera energia de forma contínua, sem emissão de carbono e sem resíduos radioativos de longa duração.
O novo metal desenvolvido em território chinês aumenta a segurança e a eficiência dos sistemas magnéticos, aproximando o país do objetivo de gerar eletricidade por fusão até 2030.
A corrida pela energia do futuro
Enquanto Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e União Europeia competem em projetos semelhantes, a China se destaca por sua autossuficiência tecnológica e sua capacidade de produção industrial. O Instituto de Pesquisa já firmou parceria com a East Super Superconducting Technology Co. para fabricar 20 toneladas do novo material, que serão usadas na montagem do reator.
Se o plano for bem-sucedido, a China poderá se tornar o primeiro país do mundo a gerar eletricidade a partir da fusão nuclear controlada, inaugurando uma nova era na história energética da humanidade.
Mais do que um feito científico, o avanço simboliza a ambição de Pequim: dominar a energia que move o universo e, com ela, garantir um futuro onde o poder venha — literalmente — do próprio Sol.
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